29 de agosto de 2016

Alejandro Reyes: “A relação entre literatura e militância é dada pela conjunção entre ética e estética”

alejandro reyes
O escritor Alejandro Reyes e o professor Wilson Alves-Bezerra na UFSCar, durante o Fórum de Debates


No dia 16 de agosto o jornalista, escritor, tradutor e ativista mexicano Alejandro Reyes veio para a cidade de São Carlos-SP participar do Fórum de Debates, edição “O que está acontecendo no Brasil”. Esse evento é organizado pela Coordenadoria de Cultura da UFSCar para discutir o atual momento político do país. Nessa edição do Fórum de Debates, o ativista de mídias livres, jornalista no Coletivo Radio Zapatista e parceiro do Movimento Zapatista e do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) tratou da experiência mexicana com os movimentos sociais para refletir um pouco sobre a atual conjuntura brasileira.

Alejandro Reyes nasceu na cidade do México. É escritor, tradutor, jornalista e ativista. Depois de morar vários anos nos Estados Unidos e na França, mudou-se, em 1995, para o Brasil, onde trabalhou com crianças “de rua” e adolescentes da periferia. É mestre em Estudos Latino-Americanos e doutor em Literatura Latino-Americana pela Universidade da Califórnia em Berkeley. Colabora em várias mídias alternativas, reportando sobre movimentos sociais no México e Estados Unidos. Participou no movimento literário baiano e publicou Vidas de rua, Contos mexicanos e, neste ano, Vozes dos porões, ensaio sobre o movimento de literatura periférica/marginal no Brasil. A rainha do Cine Roma, seu primeiro romance, foi finalista do prêmio Leya 2008 e ganhador do prêmio Lipp 2012 pela versão em espanhol, e foi publicado no Brasil, Portugal, México e na França.

Em entrevista, Alejandro Reyes nos contou um pouco mais sobre seus trabalhos com literatura, além de tratar da situação política no Brasil, do Movimento Zapatista e do EZLN no México.

Confira abaixo:

O escritor Alejandro Reyes
O escritor Alejandro Reyes
 

Você possui vários trabalhos com literatura no Brasil e no México, tratando principalmente das crianças e das periferias. Como é essa junção entre literatura e militância?

Eu acredito numa literatura comprometida com o nosso mundo, sobretudo nestes momentos de crise global e de extrema violência nas nossas sociedades. A literatura para mim, portanto, é uma forma de militância.